domingo, 30 de maio de 2010


Ela não esperava, ele não queria, mas a última palavra daquela conversa já tinha sido dita: Adeus. Os olhos que antes esbanjavam alegria agora foram tomados por lágrimas ; todos olhavam para ela, sentada chorando. Ele já estava longe, longe o bastante para não ouvir o desespero de sua amada. Sim, ele ainda a amava mas achava que não deveria. Ele achava que só a fazia sofrer, mas para ela o único sofrimento que este amor gerou foi a dependência dela, ela não sabia viver sem ele dizendo a cada minuto o quanto a amava. A vida dele continou, o amor e a vida dela ... não.
Duas histórias, um amor, duas percepções, um fim.


sexta-feira, 28 de maio de 2010


Vendo uns textos meus antigos, e alguns atuais reparei um detalhe que permanece até hoje em todos os meus textos. As perguntas. Meu Deus, será que eu escrevo apenas para buscar respostas? - involuntariamente apareceu mais esta-! Assim que notei a presença de tantos pontos de interrogação em qualquer coisa que escrevo, minha cabeça foi inundada por uma série de questionamentos ; alguns bobos, outros curiosos, outros impossíveis de responder.
- Será que da mesma forma que algumas pessoas foram "feitas" uma para a outra eu nasci pra viver sozinha?
- Hoje eu estou aqui porque foi tudo um plano de Deus ou estou vivendo pelas minhas escolhas?
Pois é, pensei, pensei, e estas e outras perguntas continuaram sem resposta. Pretendia terminar o post pedindo pra quem leu me ajudar a encontrar estas respostas que eu tanto desejo, mas percebi que elas são o combustível das minhas ideias. Deixem as dúvidas no ar, são elas quem movem o mundo!

domingo, 23 de maio de 2010


O vento dançava com as folhas ressecadas caídas no chão e os poucos ruídos eram o canto dos pássaros e as folhas que continuavam a brincar. Era o momento perfeito para mais uma de minhas reflexões! Mas estava estudando, e não podia me desconcentrar. Prendi toda a vontade de escrever. Foi em vão.
Foi algo simples (e inútil para muitos) que fez meus pensamentos dispararem. Uma formiga que carregava uma folha ; enorme para ela, mas indiferente para mim. Meus pensamentos sempre vem em forma de perguntas, incrível! A primeira pergunta foi: Será que Deus me enxerga da mesma forma que eu vejo a formiga?
Acho que sim, e todas as dificuldades que enfrento devem ser como a folha para a formiga. Mas porque Deus me ve e não me ajuda? - Esta ficou um pouco mais difícil e depois de um bom tempo cheguei a conclusão de que é pelo mesmo motivo que eu não ajudo a formiga. Ela está sofrendo para carregar a folha mas ela precisa da folha para se alimentar, para viver. Eu também preciso carregar a minha folha, todos precisam.

segunda-feira, 17 de maio de 2010


Um dia destes enquanto andava com minha mãe, ela encontrou uma amiga que não via desde os tempos da escola. A conversa foi longa, e cercada de surpresas, nenhuma das duas nunca imaginou como a outra estaria depois de tanto tempo.
Fiquei encantada, e pensei como será quando eu reencontrar minhas amigas já casadas, realizadas profissionalmente, ou sei lá como ... lembrei que não precisava esperar tanto, tenho amigas que não tenho contato desde que terminei a quarta série. Não seria a mesma coisa, mas a ideia foi tentadora.
Cadernos antigos, listas telefônicas, fotografias, tudo foi revirado. Falei com algumas meninas, mas preferia não ter falado. As opiniões, os sonhos, o jeito, tudo estava diferente, e nada mais me agradava.
De repente estava no meio de um conflito interno. Será que eu também mudei de tal forma? Será que elas também sentiram as mesmas coisas que eu quando viram estas mudanças? Tudo isto me fez lembrar das cartas que nós costumávamos trocar, e que sempre tinha escrito no final: Amigas para sempre.
Nestes momentos que eu penso que o pra sempre sempre acaba e que independente da saída ou da entrada de pessoas na nossa vida, ela continua e nós vamos mudar, querendo ou não. Mudar para melhor ou para pior, só depende do seu ponto de vista.